Todo o processo vivo de aprendizagem deverá necessariamente respeitar e fomentar um ritmo
adequado.
A pedagogia Waldorf considera fundamental o fortalecimento
de ritmos. Assim se planeja o mais cuidadosamente possível, tanto a prática
educativa anual, mensal, semanal e diária, como também cada uma das horas de aula,
baseados na alternância sadia e
equilibrada entre concentração e expansão, entre atividade intelectual e
prática, entre esforço e descanso, entre recordação e esquecimento, a fim de
conseguir o ritmo adequado às fases de compreensão, assimilação e produção da
aprendizagem.
A maneira como é trazida a passagem pelo tempo, para as
crianças no Jardim Waldof, dá forma a sua natural reverência à natureza, além
de um sentido de continuidade e ritmo.
As festas das estações, celebradas no decorrer dos anos,
ajudam as crianças a entrarem no ritmo* do ano. Através de canções, danças,
teatros, histórias, artes e comidas, as tradições são lembradas.
Nossa viagem anual através das festas mostra um processo
dinâmico e potencialmente criativo.
- Páscoa - outono;
- Festa da Lanterna e São João - inverno;
- Festa da Primavera - primavera;
- São Nicolau e Advento - verão
*Em âmbitos científicos, tem se descoberto nos últimos anos,
a importância e o sentido do ritmo para o ser humano. Toda a vida implica
ritmos: o conjunto dos processos vitais é uma harmonia rítmica, tal como o
universo inteiro pulsa em ritmos.
É nas
condições astronômicas que os processos rítmicos apresentam-se mais nítidos ao
estudo, revelando a essência do ritmo, que é a constante repetição de um
fenômeno. Paradoxalmente, tal fenômeno nunca permanece igual. Nenhuma revolução
- de um planeta, por exemplo - é exatamente igual à precedente, as condições
sempre variam, entretanto o todo vibra em perfeita harmonia. No cosmo, o mesmo
evento jamais se repete, pois isto constituiria um compasso desarmonioso,
enquanto que o ritmo é a repetição de algo semelhante. ”O compasso repete, o ritmo
renova.”
Por isso,
num evento rítmico, a harmonia reina. O ritmo deixa aberto novas possibilidades
de desenvolvimento, sendo vitalizante, o que é próprio aos sistemas vivos
enquanto que o compasso se isola do meio, gerando uma vida própria, de rigidez
e fixação sendo próprio à mecânica, acarretando uma incapacidade de adaptação
às exigências fisiológicas e anímico-espirituais.
Para saber mais sobre este assunto recomendamos o texto do link: